quinta-feira, 31 de julho de 2008

júlia, JULHO

Fazendo uma pesquisa a fim de encontrar uma música não tão óbvia para este último post de Julho, achei curioso deparar-me com tantas canções que tenham o 7º mês em suas letras. E a maioria delas fala de amor. De encontros e desencontros. Acho que Julho atrai. Inverno, chuva, nuvens. Agosto nunca foi tão desejado quanto agora.

Júlia, Julho
(Alceu Valença / Dominguinhos)

"Júlia gostava de julho
Que amava o inverno
Sombrio e soturno
Júlia gostava de julho

Julho era o seu agasalho
Manteau, guarda-chuva
Marquise noturna
Umbigo e abrigo

A fera e a fauna
Paixão e libido

Júlia gostava de julho
Em cima da cama
E debaixo do seu cobertor
Mas Júlia sabia que agosto viria
E julho partia morrendo de amor

Quando chega o mês de julho
Me lembro do meu amor..."

LET'S DANCE IN JULY

domingo, 13 de julho de 2008

A Verdadeira Vontade

Essa semana ouvi de uma professora, explicando a matéria dela (que por sinal será uma das mais puxadas do semestre, rs), algo que me deixou reflexivo. Ela disse que irá passar muitas atividades e que você tem todo o direito de não fazê-las por inúmeros motivos, muitos deles compreensíveis até, outros desculpas simples e esfarrapadas, mas uma coisa é certa: você não fez a atividade. Não tem meio termo, não tem coluna do meio e por mais que as situações te empurrem para fazer ou não o que foi pedido, é algo muito estanque "fez"/"não fez". Não sei se, de fato, os relacionamentos podem ser comparados a matérias da faculdade, mas acredito muito que em tudo na vida, quando você quer muito, você vai lá e faz. Nada te impede, nada mesmo. Não há enrolação, não há devaneios, não há histórias pra contar. Quando você quer estar com alguém, você não mede esforços, se sacrifica, se doa e alguns até se jogam do precipício. Tudo em nome da verdadeira vontade de se estar com alguém. Independente disso ou daquilo e de fábulas fantásticas. É bem provável que essa tal verdadeira vontade um dia acabe, daí entra o lance do ser leal consigo mesmo. Desde o início. Nada contra o fim das coisas, porém a sinceridade ainda é imprescindível. Escrevi o texto abaixo ainda impactado com o discurso da professora e aos poucos fui complementando. Não é nada demais, apenas uma visão de um carinha que apesar de tudo, ainda acredita no amor.

A Verdadeira Vontade
(Fabrício Salim)

Eu não quero.
Eu não quero palavras bonitas e sentimentos vazios.
Eu não quero juras, promessas, planos e sonhos, se algo irá derreter adiante.
Eu não quero olhares fixos, quando o pensamento voa longe.
Não quero mensagens meramente ilustrativas.
Não quero o desejo vão, o tesão fulgás, os abraços partidos.
Não quero os beijos burocráticos, quando se quer beijar outras bocas.
Não quero presentes, lembranças e todo o materialismo do capital.
Eu não quero comparações, não quero mesmo.
Eu quero o peito aberto, os poros livres, o coração batendo na mesma freqüência.
Eu quero sorrisos sinceros, dizeres mais ainda, a mão na tua mão. Com firmeza.
Eu quero confiança, quero carregar a cruz e a delícia dos perfeitos imperfeitos.
Eu quero todas as dificuldade para tentar transpô-las e ter satisfação no final.
Quero poder estar, de verdade, esquecer do mundo e apenar ficar feliz por estar.
Eu só quero a verdadeira vontade.

Sei Lá...A Vida Tem Sempre Razão (Vinicius de Moraes/Toquinho)

terça-feira, 8 de julho de 2008

AGANJÚ

"Redescobri" essa música "perdida" no meio da trilha sonora de Bubble. A indescritível, Aganjú. Nos mitos, Aganjú é às vezes tratado como uma divindade primordial, associado à terra (em oposição à água) e às montanhas e vulcões.

No Brasil, Aganjú, ou Xangô Aganjú é considerado uma "qualidade" de Xangô enquanto dono das leis e das escritas e padroeiro dos intelectuais, em contraste com Xangô Agodô (o Xangô mais velho, ou o Xangô propriamente dito), que é principalmente o Orixá da justiça e do equilíbrio.

Bebel Gilberto - Aganjú
(Carlinhos Brown)

"Te esperei na lua crescer
Ví cadeira boa sentei
Espirrei na tua gripei
Por ficar ao léo resfriei

VOCÊ ME AGRADOU ME ACERTOU
Me miseravou, me aqueceu
Me rasgou a roupa e valeu
E jurou conversas de deus

Aganjú
Aganjú
Aganjú
Aganjú
Aganjú
Aganjú

Quem sabe a labuta quitar
Sabe o trabalho que dá
Batalhar o pão e trazer
Para a casa o sobreviver

Encontrei na rua a questão
Cem por cento a falta de chão
VOU REZAR PRÁ NUNCA PERDER
ESSA ESTRUTURA QUE É VOCÊ

Aganjú
Aganjú
Aganjú
Aganjú
Aganjú
Aganjú..."